domingo, 24 de junho de 2012

cartada decisiva de Eduardo Campos Com a indicação de Geraldo Júlio para enfrentar o PT na eleição no Recife, governador isola o (ex?) partido aliado, mas sabe que terá que enfrentar a máquina nacional Publicado em 23/06/2012, às 10h19 Sheila Borges Com a oficialização do nome do ex-secretário Geraldo Júlio como o candidato do PSB à Prefeitura do Recife (PCR), mesmo sem a chancela pública dos partidos da Frente Popular que irão acompanhar os socialistas – o que só deve ocorrer na quarta-feira (27) –, o governador Eduardo Campos concluiu a elaboração de um processo que já estava sendo gestado desde dezembro do ano passado. Na ocasião, o senador Humberto Costa (PT), hoje pré-candidato à PCR, e seu grupo político deram um ultimato ao atual prefeito João da Costa, que só o apoiaria à reeleição se conseguisse construir uma imagem positiva e unir a Frente. O quadro só foi se complicando desde então, tirando, segundo o PSB, a condição de o PT comandar a sucessão no Recife. Eduardo então colocou o time em campo e foi conversando com as legendas aliadas, costurando a candidatura alternativa à do PT. Exonerou os secretários Geraldo Júlio, Danilo Cabral, Sileno Guedes e Tadeu Alencar, habilitando-os a disputar as eleições de outubro. A candidatura alternativa se consumou em uma conversa que o governador manteve com Humberto há 10 dias. Nela, o senador quis saber o motivo que estava levando Eduardo a se movimentar para romper uma aliança com dois anos de antecedência, referindo-se ao provável afastamento das duas siglas em 2014. Dentro de dois anos, Eduardo concluirá o mandato e, para consolidar o seu projeto político, buscará eleger o sucessor, que não sairia dos quadros do PT. Por isso, eles se enfrentariam inevitavelmente. Foi a partir dessa observação que o governador não teve mais dúvidas, preferiu se afastar agora quando o contexto o favorece. Bate recordes de popularidade enquanto o PT se fragilizando com brigas internas. Eduardo sabe, contudo, que a jogada é de alto risco.

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